sábado, 5 de maio de 2012

Só elogios? Vou testar!!!


Uma pesquisa recente da Universidade de Leiden, na Holada, feita com ressonância magnética, serve para orientar os pais e professores a respeito dos estímulos básicos de todo processo educacional: a aprovação e a reprovação dos trabalhos das crianças. O estudo mostra que as crianças na faixa dos 8 aos 9 anos aprendem com os elogios, mas não tiram lições das críticas negativas - simplesmente não dão ouvidos a elas. Já as crianças na faixa dos 11 aos 13 anos são acapazes de aprender com os próprios erros e, portanteo, são sensíveis às críticas negativas, da mesma forma que os adultos. Disse a revista Veja o neurologista Paul Thompson, da Universidade da Califória, especialista em ressonâncias magnéticas cerebrais: "O lobo frontal do cérebro, resposável pelo autocontrole e pela avaliação das consequências das atitudes, só se desenvolve plenamente a partir dos 12 anos. É por isso que as crianças se expõe a situações de risco sem perceber. Isso explica porque o desenvolvimento cognitivo no cérebro das crianças mais crescidas é ativado por respostas negativas, enquanto nas pequenas ele ocorre por meio de respostas positivas".
O maior dos mitos pedagógicos desmontados recentemente pela neurociência reza que a mente das crianças é uma folha em branco, e cabe aos pais e à escola preênche-la com conhecimentos. Para isso acreditava-se, era pré-requisito que a criança já estivesse desenvolvido a linguagem. Ocorre que as crianças são mais sabidas do que se pensava. Uma série de estudos prova que, a partir dos 3 meses de idade, os bebês já se engajam num processo intenso de aprendizado de nocções rudimetares de biologia, física e aritimética. Antes se pensava que os bebês observam o ambiente à sua volta e têm atenção despertada por pessoas e objetos, mas não são capazes de adquirir conhecimento com isso. Agora se sabe que os bebês já têm conscienência de que, por exemplo, os objetos precisam de um suporte para não cair no chão e de que coisas inanimadas só se movimentam se alguém mexer nelas. Antes se acreditava que a voz dos pais ou das pessoas conhecidas desperta a ateñção das crianças muito pequenas porque elas se habituam a ouvi-la. Agora se sabe que as crianças desenvolvem mecanismos linguísticos antes mesmo de aprender a falar. Elas sabem que as palavras expressam um conteúdo e que o latido de um cachorro ou o toque de um telefone não têm signifcado algum. As descobertas da neurociência possibilitam aos educadores saber extamente com o que estão lidando ao incutir conhecimento nos 100 bilhões de neurônios que carregamos no crânio.
Fonte: Revita Veja, Ed. 2254,01/02/2012.

Muito bem este artigo!

Um comentário:

Agradeço com carinho o comentário, volte sempre!