sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Era uma vez um conto...


Eu estava com uma idéia fresquinha na cabeça, um conto. Estava pronto para começar. O note ligado e eu já acomodado na cadeira. Ele me pede um danoninho, putz! Agora? Ele não podia pegar o danoninho na geladeira, pegar a colherinha, abrir e sair comendo? Ele tem apenas três anos. Levantei da cadeira e fiz o trabalho todo... saber comer sozinho ele sabe. Ele sentou na frente do seu filme e curtiu o danoninho. Me acomodei de novo, o conto iria para o papel, quer dizer, para a tela do computador. – Quero outro danoninho !- Me veio um pensamento: porque ele não cresce rápido? Eu queria começar o meu conto! Tudo bem, mais uma dose de danoninho! Agora sim, ele ficou quietinho. Meus dedos já estavam no teclado quando ouvi - Pai, quero pipoca! – Era ela, 7 anos, que já estava fazendo os temas...estava tão quietinha! Ela estava animada fazendo o tema de casa sozinha, eu não podia recusar a fazer a pipoca. O conto estava fresquinho na minha cabeça, podia esperar um pouquinho. Fui para a cozinha, peguei uma panela, coloquei um pouquinho de azeite, despejei um montinho de milho de pipoca. Pipocou uma, duas, três...ouvi uma vozinha...quero fazer xixi! Pensei: Vai lá e faz guri! Mas não, tinha de ajudá-lo! Deixei as pipocas de lado, dava tempo. Acendi a luz do banheiro, ele abaixou as calças, mirou no vaso e fez. Dei uma balançadinha no tiquinho e deu. Ele ainda não sabe levantar a cuequinha primeiro e as calças depois, ajudei. As pipocas já estavam a mil! Desliguei o fogo, coloquei numa bacia, um salzinho e deu. Ela ficou tranquila fazendo os temas e curtindo a sua pipoca, e ele, já na boa, na frente da tv. O meu conto? Já estava pronto para começar, quando tocou a campania, era a mamãe chegando. Que bom! Alguém para desviar a atenção da dupla de quero-quero. Quando toquei na primeira tecla, a mamãe me pediu: Pode ir no supermercado comprar uma pizzas? Não tive como dizer não. E o conto? Esqueci sobre o que iria escrever!

Um comentário:

  1. Pai é pai e mãe é mãe, já dizia o velho ditado... mas filhos, tem todo o direito!
    hehehe
    Abração e ficou ótimo o "conto" que acabou virando conto!
    Clara

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Agradeço com carinho o comentário, volte sempre!